Do couro a borracha.
Da produção nobre a industrial.
De artigo de luxo a item essencial para a saúde ocupacional.
Quem usa uma bota de borracha nem imagina os saltos temporais e evolutivos que ela sofreu através dos séculos que se sucederam até hoje. A história dos EPIs, por vezes, não é bem difundida e, como nosso compromisso é com a qualidade e, também com a informação, hoje trazemos a história, evolução e curiosidades acerca da bota de borracha. Esse equipamento de proteção individual é essencial na indústria alimentícia.
É incerto dizer a data exata da criação da bota de borracha, assim como quando foi estabelecido o seu uso como EPI. A história aponta que os primeiros indícios do seu nascimento foram em meados de 1800, quando o então duque de Wellington instruiu seu sapateiro a criar um tipo de bota, macia o suficiente para longas caminhadas e ajustada ao redor da perna. Essa bota era resistente para um passeio de bicicleta, por exemplo, mas ainda elegante o suficiente para um traje informal da época. O modelo, claro, foi um sucesso, principalmente sobre os seguidores do duque e nobres da corte.
Essas botas foram fabricadas, inicialmente, em couro de cordeiro. Mas, ainda em 1852, o inventor Charles Goodyear acabava de trazer ao mundo o processo de vulcanização do enxofre para fabricação de borracha natural. Hiram Hutchinson, um empresário do setor industrial, comprou parte da patente da descoberta e dedicou uma porcentagem de sua produção à fabricação de calçados. Um fator importante dessa parte da história toda é que Hiram se mudou para a França, onde a maioria da produção era agrícola e, nos campos, ainda se usavam tamancos de madeira desconfortáveis e pouco aderentes às atividades. Foi aqui que a tal da bota Wellington, repaginada e feita de borracha, completamente impermeável, se transformou no objeto de desejo de todo trabalhador. Afinal, eles poderiam, finalmente, trabalhar com um pouco mais de conforto, higiene e, o mais importante: secos.
Com a chegada da primeira e segunda guerras mundiais, a bota de borracha para o trabalho no campo se tornou item de sobrevivência nas trincheiras inundadas e enlameadas da Europa. Ficaram, por um tempo, conhecidas mundialmente como “Botas de Trincheira”. Em 1945, pós-guerra, a bota Wellington se tornou popular entre homens, mulheres e crianças de todas as idades durante os dias chuvosos. Em alguns casos, com a sola mais grossa e bico arredondado, para os mais pobres, era item de trabalho diário.
Depois de tudo isso, a bota de borracha se mostrou mais do que ideal quando o assunto é segurança. O custo de produção baixo e a facilidade de fabricação a colocaram no topo de preferência em quase todas as indústrias. Com o tempo e o aumento de atenção quanto à saúde ocupacional dos profissionais, introduziu-se, também, as biqueiras de aço ou reforço de poliuretano termoplástico.
Hoje, temos botas de borracha para todos os setores, com ou sem biqueiras de aço, longas ou curtas, forradas ou não. São EPIs essenciais e estão na lista de uso obrigatório quando o assunto é indústria alimentícia e câmera-fria. A Qualiflex conta com uma linha completa de botas de borracha e é a distribuidora oficial da Sete Léguas! Acesse aqui e conheça de perto todos os produtos.