Já se foi o tempo em que os EPIs eram apenas acessórios nas grandes e pequenas empresas (principalmente no setor industrial).
Com a humanização das operações, o mercado finalmente compreendeu que cada colaborador representa uma história, uma família e uma vida. Esse entendimento reverberou sobre os direitos trabalhistas, normas e equipamentos de proteção individual que ajudam a resguardar os prestadores para as mais diversas categorias de empresas e serviços. No entanto, o número de acidentes ainda é muito grande. Segundo dados do CESTEH, só em 2017, foram contabilizados cerca de 574.050 acidentes e 1.989 mortes. Esse número coloca o Brasil no top 10 do ranking das nações que mais registram mortes durante atividades laborais.
É importante destacar que esse número poderia diminuir em cerca de 90% se as empresas investissem nos setores organizacionais para conferência e supervisão do uso de EPIs durante a rotina de trabalho.
Todo e qualquer acidente pode ser evitado, contando que ações corretivas sejam implementadas para tanto.
Em textos anteriores, comentamos sobre formas e atividades que podem contribuir para a conscientização e estímulo do uso de equipamentos. No entanto, é importante relembrar sobre casos práticos onde a vida de um trabalhador foi poupada pelo uso correto do EPI.
Em 2011, na cidade de Cascavel, um homem foi salvo pelo seu capacete de trabalho ao ser atingido por um balde de massa de concreto. O azulejista levou 30 pontos na cabeça, mas se recuperou e não ficou com sequelas. Vamos pensar, por um instante, qual seria o cenário se esse colaborador não usasse o capacete?
Sim, esse acidente poderia ter sido fatal.
Assim como no setor de construtoras, os segmentos de câmaras frias, cozinhas industriais ou hospitais, também requerem seu EPI dedicado para garantir o bem-estar do trabalhador. O uso de equipamentos para câmaras frias, por exemplo, resguarda o colaborador de doenças ocupacionais severas, que podem minar a saúde em pouco tempo sem o devido cuidado. Para serviços de corte ou de alta temperatura, também!
As ações que salvam rondam a rotina de trabalho e demonstram a verdadeira face humanizada das empresas desta década. A supervisão e apoio para o uso dos EPIs são, somente, o começo do que uma empresa pode fazer para cuidar bem do seu funcionário.