A indústria de alimentos é uma das mais importantes e regulamentadas do mundo, e a contaminação alimentar é uma das principais preocupações dos profissionais que trabalham nesse setor. Com a crescente necessidade de aumentar a segurança e a proteção dos trabalhadores na indústria alimentícia, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) tornaram-se uma parte vital das normas regulatórias. A utilização de EPIs é uma das maneiras mais eficazes de proteger os trabalhadores de possíveis lesões e evitar a contaminação dos alimentos produzidos.
Neste artigo, discutiremos o papel dos EPIs na indústria alimentícia, as principais normas regulatórias e suas disposições, como usar corretamente os EPIs, a necessidade do uso de EPIs neste setor, a frequência de troca dos EPIs, as consequências legais da não utilização de EPIs e, principalmente, a importância da utilização de EPIs para evitar a contaminação alimentar e garantir a segurança dos alimentos produzidos.
Aqui você vai encontrar:
Indústria Alimentícia e EPIs
Normas Regulamentadoras
Consequências da não utilização dos EPIs
Contaminação Alimentar: o que é e por quê usar EPIs
Periodicidade e trocas dos EPIs
Descarte correto dos EPIs
Segurança alimentar
A indústria alimentícia
A indústria alimentícia lida com produtos que são sensíveis e expostos a diversos riscos, como contaminação química, biológica e física. Alguns dos produtos incluem alimentos frios, bebidas, carnes, aves, frutas e cereais. Portanto, o uso de EPIs para garantir a segurança do trabalhador é crucial. Alguns exemplos de EPIs usados na indústria alimentícia incluem luvas, aventais, botas, toucas, óculos de proteção, máscaras respiratórias e protetores auriculares.
Além disso, a utilização de EPIs na indústria alimentícia pode minimizar o risco de acidentes de trabalho, como cortes e queimaduras, que são relativamente comuns nesse setor.
Principais Normas Regulamentadoras
A indústria alimentícia está sujeita a diversas normas regulatórias que visam garantir a qualidade e a segurança dos produtos alimentícios produzidos. Essas normas também estabelecem regras específicas que garantem a proteção dos trabalhadores e os EPIs, claro, são uma parte importante dessas regulamentações.
Uma das principais normas reguladoras na indústria alimentícia é a Anvisa RDC nº 216/2004, que estabelece as boas práticas de manipulação de alimentos em serviços de alimentação. Essa norma estabelece requisitos mínimos de higiene e segurança para a manipulação de alimentos, incluindo a necessidade do uso de EPIs adequados durante o processo.
Outra norma importante é a NR-6, do Ministério do Trabalho, que estabelece a obrigatoriedade da utilização de EPIs em todas as atividades que apresentam riscos ao trabalhador. Além disso, a Norma Regulamentadora 9 (NR-9), estabelece a necessidade de elaboração de um programa de prevenção de riscos ambientais, que inclui a avaliação dos perigos e a implementação de medidas de controle para minimizar os riscos. Temos também a Norma Regulamentadora 12 (NR-12) que trata da segurança de máquinas e equipamentos e a Norma Regulamentadora 24 (NR-24) que estabelece as condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho. É muito importante que todos, tanto os trabalhadores quanto as empresas, estejam cientes dessas normas e regulamentações para garantir a segurança dos alimentos produzidos e a saúde dos trabalhadores.
Como usar corretamente os EPIs
O uso correto de EPIs é essencial para garantir a proteção adequada dos trabalhadores na indústria alimentícia. Os EPIs devem ser utilizados de acordo com as instruções do fabricante e o treinamento adequado deve ser fornecido aos trabalhadores.
É importante lembrar que existe uma variedade de EPIs para diferentes atividades na indústria alimentícia. Por isso, é necessário identificar os riscos envolvidos em cada atividade e selecionar o EPI correto para proteção dos trabalhadores.
De onde surgiu a necessidade de usar EPIs neste setor
A implementação do uso de EPIs na indústria alimentícia foi uma resposta às preocupações relativas à saúde e segurança dos trabalhadores. A exposição a vários fatores de risco, como substâncias químicas, microrganismos, resíduos e condições inadequadas de trabalho, pode levar a lesões físicas, intoxicações e doenças graves.
Consequências da não utilização de EPIs
A não utilização de EPIs na indústria alimentícia pode levar a consequências legais graves para a empresa e o trabalhador. De acordo com a NR6, a empresa é responsável por fornecer os EPIs adequados e garantir sua utilização correta pelos trabalhadores. Se a empresa não cumprir essas obrigações, ela pode ser multada e responsabilizada por eventuais lesões ou doenças do trabalhador.
Os trabalhadores também podem sofrer as consequências da não utilização de EPIs, como lesões físicas, intoxicações e doenças ocupacionais, que podem afetar sua saúde e desencadear processos trabalhistas.
As consequências da não utilização dos EPIs vão muito além da empresa e do funcionário, visto que podem desencadear uma série de problemas que afetam até o consumidor final, estamos falando da contaminação alimentar.
O que é contaminação alimentar?
Contaminação alimentar é a presença de substâncias estranhas ou organismos nocivos em alimentos que podem oferecer riscos para a saúde humana. Essas substâncias ou organismos podem ser de origem biológica, química ou física. Isto significa que a contaminação alimentar pode ser causada por microrganismos como bactérias, vírus, fungos e parasitas, bem como por substâncias químicas, como pesticidas, metais pesados e aditivos alimentares. A ingestão de alimentos contaminados pode levar a uma série de doenças, desde intoxicações alimentares leves até doenças mais graves que podem ser fatais em alguns casos.
A contaminação de alimentos pode ocorrer em todas as etapas da produção de alimentos, desde a produção ou plantio, colheita, processamento, armazenamento até a distribuição e consumo.
Vamos nos aprofundar mais nos tipos de contaminação:
Contaminação biológica: causada por microrganismos como bactérias, vírus, fungos e parasitas. Os microrganismos presentes no ambiente, na água ou no solo podem contaminar os alimentos durante a produção e podem se multiplicar, resultando na deterioração do alimento ou na intoxicação alimentar quando consumidos.
Contaminação química: causada por produtos químicos, incluindo pesticidas, metais pesados, aditivos alimentares e produtos de limpeza utilizados durante o processamento de alimentos. Essas substâncias podem contaminar os alimentos quando utilizadas em excesso ou de forma inadequada e representam riscos para a saúde humana quando consumidas.
Contaminação física: ocorre quando partículas ou objetos físicos como cabelos, vidros, pedras, entre outros, entram em contato com os alimentos durante a produção, transporte ou armazenamento.
Para evitar a contaminação dos alimentos, é importante seguir práticas de higiene adequadas durante o manuseio de alimentos, como lavar as mãos, limpar as superfícies e utensílios de cozinha, cozinhar os alimentos em temperaturas adequadas, entre outras práticas importantes. Além disso, é importante garantir a qualidade e a segurança dos alimentos em toda a cadeia produtiva, desde a produção até o consumo.
A importância da utilização de EPIs para prevenir a contaminação alimentar
A contaminação alimentar é um dos principais riscos enfrentados pela indústria alimentícia. Os EPIs são fundamentais para prevenção desse risco, pois ajudam a evitar que microrganismos, resíduos químicos e físicos entrem em contato com os alimentos durante o processo de produção.
Os trabalhadores que utilizam EPIs adequados reduzem o risco de contaminação alimentar, protegendo a saúde do consumidor e garantindo a qualidade dos produtos finais.
Além disso, os EPIs são importantes para proteger a saúde dos trabalhadores da indústria alimentícia. Como já mencionamos, a exposição excessiva a substâncias químicas, microrganismos e condições inadequadas de trabalho podem levar a lesões, intoxicações e doenças ocupacionais. Os EPIs adequados ajudam a minimizar esses riscos e a garantir a saúde e segurança dos trabalhadores.
Para garantir a máxima proteção contra contaminação alimentar, é importante que os EPIs sejam usados corretamente e inspecionados regularmente para verificar se apresentam algum desgaste ou dano que possam comprometer sua eficácia. Além disso, os trabalhadores devem receber treinamento adequado sobre a utilização correta dos EPIs e a importância da higiene pessoal durante a manipulação dos alimentos.
O uso correto dos EPIs na indústria alimentícia faz parte de um processo mais amplo de garantia de qualidade e segurança alimentar, que envolve a adoção de boas práticas de fabricação, a manutenção de higiene adequada no ambiente de trabalho e a realização de testes e análises regulares para verificar a qualidade dos produtos finais. Todos esses esforços são essenciais para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores e dos consumidores e para manter a reputação e a competitividade da indústria alimentícia no mercado.
Periodicidade e trocas dos EPIs
A periodicidade de troca do EPI varia de acordo com o tipo de equipamento, a atividade desempenhada, o ambiente de trabalho e as recomendações do fabricante. Em geral, a troca deve ser realizada sempre que o equipamento apresentar desgastes, rasgos, furos, deformações ou qualquer tipo de dano que comprometa a eficácia do EPI em proteger o trabalhador.
Algumas normas e programas de segurança do trabalho podem especificar a periodicidade de troca de certos tipos de EPI. No entanto, é importante que a empresa realize uma avaliação de riscos e as atividades desempenhadas por cada trabalhador para determinar a periodicidade de troca adequada para cada equipamento.
É importante destacar que a troca de EPI não deve ser realizada apenas quando o equipamento apresenta sinais visíveis de desgaste. Além disso, os trabalhadores também devem ser treinados para verificar diariamente a integridade do equipamento antes de usá-lo. A adoção de uma política de manutenção e substituição regular dos EPIs é fundamental para proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores.
A empresa deve sempre consultar as normas específicas para cada tipo de EPI usado na empresa ou contatar o fabricante para obter orientações mais detalhadas sobre a periodicidade de troca de cada equipamento.
Descarte correto dos EPIs
O descarte adequado dos EPIs na indústria alimentícia é muito importante para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores e evitar a contaminação alimentar. Algumas orientações gerais para o descarte correto de EPIs na indústria alimentícia são:
➡ Luvas descartáveis, toucas e máscaras devem ser removidas e descartadas imediatamente após o uso;
➡ Aventais e calçados de segurança devem ser descontaminados após o uso e armazenados em áreas designadas para a limpeza e desinfecção;
➡ Os EPIs que estão danificados ou desgastados devem ser descartados imediatamente e substituídos por novos EPIs;
➡ O descarte de EPIs deve ser feito de acordo com as políticas e procedimentos estabelecidos pela empresa e com as leis e regulamentações locais;
➡ Quando a empresa não possui uma política de descarte de EPIs, recomenda-se desacoplá-los e descartá-los separadamente. As partes de madeira, plástico, borracha, entre outras que não podem ser reutilizadas, devem ser enviadas para a reciclagem;
➡ Vale lembrar que a empresa é responsável por garantir o descarte adequado dos EPIs para evitar a contaminação ambiental.
Em resumo, para o descarte adequado de EPIs na indústria alimentícia é necessário seguir as políticas e procedimentos estabelecidos pela empresa e garantir que o descarte seja feito de forma segura e consciente para proteger a saúde dos trabalhadores e prevenir a contaminação alimentar.
Tudo isso nos leva a segurança alimentar!
A segurança alimentar é um conceito que se refere à garantia de que os alimentos que consumimos são seguros e saudáveis para o consumo humano. Isso envolve a prevenção da contaminação alimentar, monitoramento da qualidade dos alimentos, garantia da disponibilidade de alimentos saudáveis, proteção dos direitos dos consumidores, entre outras dimensões. A segurança alimentar é uma questão fundamental na indústria alimentícia e em todo o sistema de produção de alimentos, desde a produção até o consumo. As agências reguladoras e governamentais têm um papel importante na promoção da segurança alimentar, estabelecendo normas e regulamentações para a indústria alimentícia, monitorando a qualidade dos alimentos e promovendo a educação do consumidor sobre as práticas de segurança alimentar. Além disso, é fundamental que os fabricantes e consumidores estejam cientes das boas práticas de higiene e manipulação de alimentos para prevenir a contaminação alimentar e garantir a segurança alimentar para todos.
E por aqui, nós nos preocupamos com a sua segurança, em todos os momentos!
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